“DIA DA LIBERTAÇÃO”: E DO SETOR FUNERÁRIO, ALGUÉM SE LEMBROU?

“DIA DA LIBERTAÇÃO”: E DO SETOR FUNERÁRIO, ALGUÉM SE LEMBROU?


Todos, diariamente, nas últimas semanas, ouvimos falar do mais que badalado “dia da libertação”, a última fase do desconfinamento. Saídas as medidas que vigoram de 1 de outubro em diante, em Diário da República, e depois de ler a imprensa, constatamos que nem um apalavra sobre o setor funerário.

Enquanto em Inglaterra o Governo reconhece formalmente o trabalho dos que chamou de ‘heróis anónimos’ do nosso setor de atividade, por cá, nem uma palavra. Uma atitude que está em linha com o que foi o registo, durante a pandemia, por parte dos nossos governantes. Apenas a Direção-Geral de Saúde (DGS) solicitou apoio das funerárias em momentos absolutamente críticos, tendo-nos deixado sem resposta quando solicitávamos esclarecimentos e colaboração no aclarar de medidas para o setor funerário, nomeadamente, numa altura em que a ANEL pretendia promover uma palestra on-line que envolvesse a DGS.

Ora, desta feita, o mesmo registo, que não nos surpreende. Às funerárias, resta aplicar as medidas gerais que vigoram em termos genéricos. Do uso de máscaras, a outro equipamento de proteção individual, passando pela realização de testes, espaços abertos ao público, eventos, hospitais, trânsito por via érea, terrestre ou marítima, entre outros.

Assim, uma vez mais, e sem indicações específicas da tutela, estamos ‘por nossa conta’. Resta-nos aplicar todos os cuidados restritivos de sempre e solicitar às famílias enlutadas a sua colaboração e compreensão, no sentido de colaborarmos ativamente para a contenção, o mais rápida possível da pandemia.

Não procuramos protagonismo. Apenas regras claras, dada a sensibilidade da nossa atividade para a sociedade, o que, somos forçados a constatar, mais uma vez, ninguém se lembrou.

Carlos Almeida | Presidente da Direção